12º H : "sempre na lua"

                                                                                                     

A ARANHA DO MEU DESTINO


A aranha do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino
Sou
adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.

Fernando Pessoa, Poesias inéditas








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