Depois do casamento, Pedro e Maria vão em viagem de núpcias para Itália e para França. Em breve ficam cansados da vida agitada de Paris e decidem regressar a Portugal. Antes de regressarem, Pedro escreve uma carta ao pai a tentar a reconciliação, dizendo-lhe que, logo que chegasse a Lisboa, se iria lançar a seus pés.
Na verdade, logo que desembarcou, correu num trem a Benfica. Mas o pai tinha partido dois dias antes para Santa Olávia. Pedro ficou desfeito e muito magoado com a partida do pai.
Entre o pai e o filho fez-se uma grande separação. Quando lhe nasceu uma filha, Pedro não disse nada ao pai. Era uma linda bebé, muito gorda, loura e cor-de-rosa, com os belos olhos negros dos Maias. Maria adorava a filha, passava dias de joelhos ao pé do berço.
Afonso da Maia não os queria perdoar, não queria conhecer a neta, tanto pior para ele!
E o próprio Vilaça, um dia que Pedro lhe mostrara a pequerrucha adormecida entre as rendas do seu berço, sensibilizou-se, veio-lhe lagrimazita aos olhos, e declarou, com a mão no coração, que aquilo era teimosia do Sr. Afonso da Maia!
- Pois pior para ele! Não querer ver um anjo destes! – disse Maria, dando diante do espelho um jeito às flores do cabelo. – Também não faz cá falta…
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