Quando Maria teve outro filho, um pequeno, Pedro sentiu no coração a imagem do pai abandonado naquela tristeza do Douro. Falou, a medo, a Maria na reconciliação. E a sua alegria foi grande quando Maria, depois de ficar um momento pensativa, respondeu:
- Creio que me tornaria feliz se o teu pai estivesse connosco.
Pedro, entusiasmado com o consentimento da mulher, pensou em ir a Santa Olávia. Mas Maria tinha um plano melhor. Quando Afonso da Maia regressasse a Benfica, o que, segundo Vilaça, estava para dentro de pouco tempo, ela iria lá com o pequeno e pediria perdão. Não podia falhar!
Pedro para abrandar o papá quis dar ao pequeno o nome de Afonso, mas Maria não consentiu, preferiu chamar-lhe Carlos Eduardo da Maia.
O baptizado teve de ser retardado, Maria adoecera. Felizmente daí a duas semanas estava curada e Pedro podia já sair para a caçada na quinta da Tojeira. Devia demorar-se dois dias. A caçada era para prestar homenagem a um italiano, sobrinho dos príncipes de Sória e com quem Pedro simpatizara vivamente.
O Alencar e D. João Coutinho também iam à caçada – e a partida foi de madrugada.
Nessa tarde, Maria jantava só no seu quarto, quando sentiu carruagens parando à porta, um grande barulho pelas escadas. Quase imediatamente Pedro aparecia trémulo e pálido…
- Uma grande desgraça, Maria!
- Jesus!
- Feri o rapaz, feri o italiano!... O Tancredo.
outubro 2005 novembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 abril 2007