12º H : "sempre na lua"

                                                                                                     

O nascimento do segundo filho



Quando Maria teve outro filho, um pequeno, Pedro sentiu no coração a imagem do pai abandonado naquela tristeza do Douro. Falou, a medo, a Maria na reconciliação. E a sua alegria foi grande quando Maria, depois de ficar um momento pensativa, respondeu:

- Creio que me tornaria feliz se o teu pai estivesse connosco.

Pedro, entusiasmado com o consentimento da mulher, pensou em ir a Santa Olávia. Mas Maria tinha um plano melhor. Quando Afonso da Maia regressasse a Benfica, o que, segundo Vilaça, estava para dentro de pouco tempo, ela iria lá com o pequeno e pediria perdão. Não podia falhar!

Pedro para abrandar o papá quis dar ao pequeno o nome de Afonso, mas Maria não consentiu, preferiu chamar-lhe Carlos Eduardo da Maia.

O baptizado teve de ser retardado, Maria adoecera. Felizmente daí a duas semanas estava curada e Pedro podia já sair para a caçada na quinta da Tojeira. Devia demorar-se dois dias. A caçada era para prestar homenagem a um italiano, sobrinho dos príncipes de Sória e com quem Pedro simpatizara vivamente.

O Alencar e D. João Coutinho também iam à caçada – e a partida foi de madrugada.

Nessa tarde, Maria jantava só no seu quarto, quando sentiu carruagens parando à porta, um grande barulho pelas escadas. Quase imediatamente Pedro aparecia trémulo e pálido…

- Uma grande desgraça, Maria!

- Jesus!

- Feri o rapaz, feri o italiano!... O Tancredo.









<< Home

Archives

outubro 2005   novembro 2005   janeiro 2006   fevereiro 2006   março 2006   abril 2006   setembro 2006   outubro 2006   novembro 2006   dezembro 2006   janeiro 2007   abril 2007  

This page is powered by Blogger. Isn't yours?